10/01/2017

Diagnóstico - Primeira função do Orçamento


O primeiro passo no caminho para o equilíbrio financeiro é saber exatamente como está nossa situação financeira. Muitas vezes resistimos à ideia de controlar de forma detalhada tudo o que ganhamos e gastamos, talvez pelo temor de descobrir que a nossa situação não é t;ao boa quanto pensamos. Mas, quanto mais adiarmos este passo, pior podem ficar as nossas finanças e mais comprometido nosso futuro. Para fazer o registo das despesas e receitas, não é preciso nenhum recurso sofisticado.
Basta um caderno, lápis e muita disciplina. Escolha uma data, que pode ser o início do mês ou o dia em que recebemos o salário. Registe a entrada do dinheiro sempre com o valor líquido recebido. A partir deste dia, anote todas detalhadamente todas as despesas  que fizer ao longo de 30 dias, pelo menos. Inclua todas as despesas, mesmo as de pequeno valor. Afinal, como diz o ditado popular, "De tostão em tostão se faz um milhão." Os pequenos valores  gastos no dia-a-dia podem significar grandes quantias após um mês ou um ano.

Ao final do período de diagnóstico, podemos passar a etapa de análise. Esta etapa deve iniciar com a soma de todas as suas receitas no período. Depois, classifique as despesas em grandes grupos, como alimentação, moradia, transporte, saúde, lazer, educação, roupas, supermercado e outros que você sinta necessidade de criar.  Dentro de cada grupo é possível criar subgrupos, para facilitar a análise. Some todas as despesas de cada grupo e calcule qual o percentual em relação a suas receitas. Identifique também o valor que você conseguiu poupar no período. Este primeiro diagnóstico mostrará o quanto de seu dinheiro é consumido em cada grupo de despesas.

A partir deste diagnóstico, podemos analisar o percentual de cada item de despesa e questionar se estes valores são justificados. É possível, por exemplo, verificar que um percentual significativo da receita está a ser gasto com alimentação fora de casa ou que estamos pagando muito pela TV a cabo. Essa análise permite identificar situações que podem ser modificadas para gerar economia de recursos.
Outra análise que podemos fazer é a do tipo de despesas, que podem ser:
  •  Fixas: aquelas que ocorrem todos os meses, com valores pré-definidos es obre as quais temos pouca capacidade de alteração. Neste grupo temos as despesas com moradia, por exemplo.·         

  • Variáveis: são despesas cujos valores podem variar de acordo com a frequência com que ocorre determinado evento. Despesas com lazer, roupas ou alimentação podem variar de acordo com nossas opções, como comer fora ou levar o almoço de casa, por exemplo.

  •      Eventuais: são aquelas que ocorrem de forma pontual, como impostos que são pagos uma vez por ano. Embora não tenham a mesma periodicidade que as demais despesas, o valor destas despesas deve ser contemplado na elaboração do orçamento.


As despesas fixas são mais previsíveis e fáceis de controlar, mas por outro lado nos deixam pouca margem para serem reduzidas. É nas despesas variáveis que podemos atuar com maior cuidado, identificando aquelas que são desnecessárias ou que podem ser substituídas por alternativas mais económicas.



Este artigo foi útil para si? Tem alguma dúvida ou sugestão? Deixe seu comentário!

Sem comentários:

Enviar um comentário