26/11/2025

Decisões e Incerteza: Como Interagem?


Tomar decisões é das tarefas fascinantemente presentes em cada instante de nosso tempo de vida.

Parte das condições que influenciam nossas decisões já as encontramos (como uma espécie de dotação inicial), não sendo originadas nem controladas por nós.

Aliás, nossa presença no mundo não é fruto de nossa própria decisão: Não decidimos nascer. Nascemos e encontramos condições que devemos considerar para tomar nossas decisões. Tais condições incluem outras pessoas e recursos naturais, por exemplo.

Imagem: pixabay.com



A incerteza é um factor que afecta a tomada de decisões e é sobre essa influência que trataremos neste post. Continue lendo e entenda!

A certeza/incerteza é influenciada por factores como:

Fiabilidade da fonte da informação;

Intervalo de tempo decorrido entre a ocorrência e o momento em que tomamos conhecimento dela;

Quantidade de fontes e compatibilidade entre suas versões de um mesmo facto.

São factores não directamente controláveis por nós.

A incerteza está associada à informação e ao futuro. 

Incerteza e informação:  o que sabemos sobre Factos (ocorridos) + Planos (= Dados) considerando o grau de certeza sobre os mesmos influencia nossas decisões.

Incerteza e futuro: a incerteza sobre o que pode vir a acontecer. Mas, será que esta preocupação faz sentido? Retomaremos a esta pergunta na secção "O Quê É O Futuro" abaixo.

Será que nos devemos preocupar com o futuro?

Até que ponto o futuro influência as decisões que tomamos hoje?
 
Se o futuro for certo, não haverá razões para nos preocuparmos?

Sob a hipótese de o futuro ser certo (determinado), a preocupação é se ele nos reserva algo bom ou ruim!

Mas, para entendermos, precisamos saber o que é o futuro. Vamos a essa questão.

O que é o futuro?

Nossa abordagem sobre o conceito de futuro permite-nos simultaneamente responder à seguinte questão:

> Há razões para nos preocuparmos com o futuro?

O milisegundo a seguir faz parte do futuro. Logo, se a causalidade (binómio acção - resultado) existe, nossas acções hoje influenciam o futuro; daí dizer-se que o futuro é agora. 

Assim, a preocupação com o futuro é, na verdade, uma preocupação com o presente. Diante disso, há a necessidade de gerir o tempo criteriosamente.

Esta abordagem suscita uma outra questão a si intimamente relacionada:

Qual é  fronteira entre o presente e o futuro?

A fronteira entre o futuro e o presente está intrinsecamente relacionada ao conceito de tempo. Portanto, responderemos à questão "O que é o tempo?"

Veja os exemplos seguintes sobre o tempo:


👉  Caso 1:

Imagine que todos os relógios do mundo parem e também os movimentos de rotação e de translação da terra (de modo que não haja distinção entre manhã e noite) e que tivéssemos apenas reacções químicas e fenómenos físicos que dessem origem a causalidade ou relações de causa-efeito. 

Neste caso, que viria a ser o tempo?

Resposta: Isso tornaria o tempo uma sequência de acontecimentos, e essa sequência teria que em algum momento ter início em um elemento que não foi causado - a origem do movimento. Note que esse elemento-causa originário de todo o movimento não precisaria necessariamente ser estático.

O tempo seria apenas o caminhar para um momento determinado pela origem no qual toda a causalidade e efeito material teriam fim.

Ao longo dessa caminhada fazemos escolhas no presente, rumo a resultados já pré-determinados e/ou resultantes de escolhas livres e independentes (tem havido discussões frequentes sobre se a forma como os resultados são obtidos)

👉 Caso 2:

Agora imagine que apenas tenha a possibilidade de pensar sobre seu futuro e tudo o que existe actualmente esteja parado e não haja movimento algum... nenhuma mudança. As pessoas não envelhecem; não há ebulição, não há precipitação; nenhuma reacção química; nenhum fenómeno físico. Tudo parado! Você tem apenas sua consciência!

Neste cenário, que viria a ser o tempo?

Resposta: neste cenário, não haveria o conceito de tempo como é hoje com um ente conhecido. Talvez fosse sensato dizer que "haveria apenas a existência".

Acontece que há uma grande probabilidade de que (I) o conceito de tempo do Caso 1 se verifica actualmente mesmo com o funcionamento dos relógios e os movimentos de rotação e translação da terra e de que (II) o conceito do Caso 2 se venha a verificar posteriormente, numa realidade em que coisas materiais visíveis deixem de existir e haja apenas consciência!

O conceito comum de tempo pode ser ilustrado no seguinte esquema:

Passado ➡ Presente ➡ Futuro

Mas, se entendermos esses três conceitos como momentos separados no tempo, surge a questão de qual é o intervalo de tempo que os separa: são segundos? milisegundos? As unidades de tempo não são objectivamente separáveis. O tempo é uma grandeza contínua e compacta.

Assim, para incluir a brevidade, acrescentamos "SOON", resultando no seguinte:

Passado 🔜 Presente 🔜 Futuro.

De modo que o tempo pode ser descrito da seguinte forma.

O passado são memórias. Temos o presente para construir o futuro (pré-determinado ou não).

Este post deixa em aberto questões sobre o tempo e sobre como os resultados na vida são obtidos, as quais poderemos a abordar em próximos posts, e encorajamos-lhe a 

Diante da incerteza, nossa recomendação é:  procure saber o melhor objectivo possível a estabelecer para a vida e a melhor forma de proceder.

Reflexão:

"A incerteza sobre o futuro está associada à possibilidade de ele ser desvaforável, e esta possibilidade parece ser mais preocupante que aquela incerteza".


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